A dor e os privilégios de um servo de Deus
Exercício gratificante é buscarmos na Bíblia informações que nos ajudem a compreender melhor a vida de algum de seus personagens. Fiz isso com a vida de Baruque, escriba do profeta Jeremias. Minha busca iniciou-se por causa de Jeremias capítulo 45, pois quis entender melhor as razões da queixa e tristeza desse servo de Deus.
Tudo começa no capítulo 36, quando, encarcerado, Jeremias ordena que Baruque leia no templo as palavras que lhe havia ditado. No ano seguinte, a cena se repete e, desta vez, a notícia chega aos príncipes do jovem rei Jeoaquim, que leem a ele parte das palavras contidas no livro. Indignado com a denúncia, o rei interrompe a leitura, corta o livro e o atira ao fogo.
Não era uma denúncia nova, mas antiga. Jeremias acompanhou e profetizou durante a vida de 4 reis: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim e Zedequias. A tragédia do cativeiro babilônico também remonta aos dias de Manassés (pai de Amom, que foi o antecessor de Josias), rei perverso que queimou seu próprio filho a deuses pagãos e cuja idolatria foi a causa do cativeiro. O escriba já carregava a tristeza há muito, pois conhece a história de seu povo e de seu profeta, e viu com seus próprios olhos a má conduta de 3 dos 4 reis com quem conviveu de perto.
Para quem pensa que vida de escriba era apenas anotar as palavras que seu profeta lhe ditava, as 17 aparições de Baruque no livro de Jeremias nos revelam sua vida ministerial intensa. Com a Palavra, ele enfrenta o povo e a nobreza, seja na Casa do Senhor, pelas ruas e pelos palácios.
O capítulo 45 é apenas o ápice. A tristeza que Deus acrescenta a seu sofrimento, seu cansaço e seu gemido são o desabafo consistente de quem dedicou a vida como porta-voz de denúncias a um povo rebelde e que agora estava às portas do cativeiro. Acostumado a falar a outros e, talvez, crendo que seu Deus estivesse desatento, agora é a vez de Baruque escrever a si próprio. Na ameaça da prisão, surpreendentemente, Jeremias agora tem algo da boca de Deus a ele: “E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o Senhor; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores” (v. 5).
A vida dos servos de Deus nunca foi fácil. Deus continua fazendo Sua obra, usando Seus servos e, e em muitos casos, os únicos consolos são a vida como despojo e a glória do porvir. Está cansado de gemer? Continue servindo e amando. Deus está atento e não se esqueceu de você.
Tudo começa no capítulo 36, quando, encarcerado, Jeremias ordena que Baruque leia no templo as palavras que lhe havia ditado. No ano seguinte, a cena se repete e, desta vez, a notícia chega aos príncipes do jovem rei Jeoaquim, que leem a ele parte das palavras contidas no livro. Indignado com a denúncia, o rei interrompe a leitura, corta o livro e o atira ao fogo.
Não era uma denúncia nova, mas antiga. Jeremias acompanhou e profetizou durante a vida de 4 reis: Josias, Jeoacaz, Jeoaquim e Zedequias. A tragédia do cativeiro babilônico também remonta aos dias de Manassés (pai de Amom, que foi o antecessor de Josias), rei perverso que queimou seu próprio filho a deuses pagãos e cuja idolatria foi a causa do cativeiro. O escriba já carregava a tristeza há muito, pois conhece a história de seu povo e de seu profeta, e viu com seus próprios olhos a má conduta de 3 dos 4 reis com quem conviveu de perto.
Para quem pensa que vida de escriba era apenas anotar as palavras que seu profeta lhe ditava, as 17 aparições de Baruque no livro de Jeremias nos revelam sua vida ministerial intensa. Com a Palavra, ele enfrenta o povo e a nobreza, seja na Casa do Senhor, pelas ruas e pelos palácios.
O capítulo 45 é apenas o ápice. A tristeza que Deus acrescenta a seu sofrimento, seu cansaço e seu gemido são o desabafo consistente de quem dedicou a vida como porta-voz de denúncias a um povo rebelde e que agora estava às portas do cativeiro. Acostumado a falar a outros e, talvez, crendo que seu Deus estivesse desatento, agora é a vez de Baruque escrever a si próprio. Na ameaça da prisão, surpreendentemente, Jeremias agora tem algo da boca de Deus a ele: “E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o Senhor; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores” (v. 5).
A vida dos servos de Deus nunca foi fácil. Deus continua fazendo Sua obra, usando Seus servos e, e em muitos casos, os únicos consolos são a vida como despojo e a glória do porvir. Está cansado de gemer? Continue servindo e amando. Deus está atento e não se esqueceu de você.
Leandro
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